a)obedece a uma regra dos poemas épicos (todas as epopeias a devem utilizar);
b)assegura a unidade interna da acção da epopeia (colocando em oposição humanos e deuses);
c)embeleza a intriga (de outra forma seria um mero relato da viagem);
d)serve para glorificar o povo português, comparando-o aos deuses (valoriza os homens a quem Neptuno e Marte obedeceram).
Júpiter era o deus romano do dia, comumente identificado com o deus grego Zeus, era filho de Saturno e de Reia. À medida que Reia dava à luz, Saturno devorava todos os filhos varões. Júpiter e Juno nasceram do mesmo parto, e Reia, para salvar a vida do filho, apresentou-lhe a filha Juno e, em lugar de Júpiter, deu-lhe uma pedra embrulhada, que Saturno devorou imediatamente.
Vénus era filha do Céu e da Terra. Também se diz que era filha do Mar e que Saturno preparou o seu nascimento, formando-a da espuma das águas. E há ainda quem afirme que era filha de Júpiter e da ninfa Dione, sua concubina. Conta-se que Vénus, logo após o seu nascimento, foi arrebatada para o céu, em grande pompa, pelas deusas Horas, que presidiam às estações, e todos os deuses a acharam tão formosa, que a designaram deusa do amor e cada um deles queria desposá-la.
Marte era o deus romano da guerra, equivalente ao grego Ares. O povo romano considerava-se descendente daquele deus pelo facto de Rómulo ser filho de Réia Sílvia ou Ília, princesa de Alba Longa, e Marte. Filho de Juno e de Júpiter, era considerado o deus da guerra sangrenta, ao contrário de sua irmã Minerva, que representa a guerra justa e diplomática. Os dois irmãos tinham uma rixa, que acabou culminando no frente-a-frente de ambos, na frente das muralhas de Tróia, da qual Marte se saiu perdedor. Marte, apesar de bárbaro e cruel, tinha o amor da deusa Vénus, e com ela teve um filho, Cupido e uma filha mortal, Harmonia.
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