Externa:
Os Lusíadas estão divididos em dez cantos (I-X), cada um deles com um número variável de estrofes (em média 110, mas o mais longo é o canto X com 155 estrofes) que, no total, somam 1102. Essas estrofes são todas oitavas (contém oito versos). Cada verso é constituído por dez sílabas métricas (decassílabo), obedecendo ao esquema rimático "abababcc" (rimas cruzadas, nos seis primeiros versos, e emparelhada, nos dois últimos).
Interna:
«Os Lusíadas», na sua estrutura interna, possui:
. A Proposição (Canto I estâncias 1 a 3) onde o Poeta indica aquilo que se propõe cantar.
. As Invocações:
- 1.ª (Canto I, estâncias 4 e 5) – súplica às Tágides (ninfas do Tejo) para que o ajudem na organização do poema e lhe dêem inspiração para cantar os feitos heróicos lusitanos;
- 2.ª (Canto III, estâncias 1 e 2) – súplica a Calíope, porque estão em causa os mais importantes feitos lusíadas;
- 3.ª (Canto VIII, estâncias 78 a 87) – súplica às ninfas do Tejo e do Mondego, queixando-se dos seus infortúnios;
- 4.ª (Canto X, estâncias 8 e 9) – novo pedido a Calíope para que o inspire para terminar a obra.
. A Dedicatória (Canto I, estâncias 6 a 18), com o oferecimento do poema a D. Sebastião.
. A Narração (a partir do Canto I, estancias 19 e seguintes, iniciada in media res (quando a frota se encontra no Canal de Moçambique), tem momentos retrospectivos (da história de Portugal e da viagem), momentos prospectivos (sonhos, presságios, profecias) e Epílogo (regresso dos nautas incluindo o episódio da Ilha dos Amores).
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